terça-feira, 12 de março de 2013

Fado - Miguel Rebelo


E nunca é cedo de mais

Aqui olhando o estuário
Vejo o bailado diário
Das gaivotas do meu rio
Umas vão rasando as águas
Outras pousadas nas tábuas
Do que resta de um navio

Junto à salina esquecida
Agora triste e sem vida
Outrora ouro salgado
Oiço a Lisboa moderna
Cantar da forma mais terna
A tradição que há no fado

Atravesso então o Tejo
Levo comigo o desejo
De rever minha cidade
Só assim sentindo o chão
Vou enchendo o coração
E esvaziando a saudade

Minha Lisboa é meu cais
E nunca é cedo de mais
Para prender as amarras
Entrar num bairro bairrista
Ouvir uma voz fadista
E chorar com as guitarras

Música: Frederico de Brito (Fado Azenha)


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