Deixaste a porta aberta e eu entrei
Guardavas tuas mágoas do passado
Senti que era cedo e então esperei
Sem não me arrepender de ter entrado.
Sabia que o teu peito resguardava
Lágrimas escorridas do teu rosto
Que tua voz por vezes se embargava
Por força do amor e do desgosto
Teus olhos eram réstias de um sorriso
Mas teus lábios transbordavam de desejo
Mudos mas repletos de improviso
Pareciam aguardar por novo ensejo
Toquei-te pois teu corpo me pedia
E o tempo que esperei já se expirava
Fechei então a porta pois sabia
Que agora já ninguém por ela entrava.
Que agora já ninguém por ela entrava.
Música: Armando Machado
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