Trago nas veias o sul
Meu sangue tem a cor mourisca
As mãos molhadas de azul
Do mar onde o homem se arrisca
Canto um fado corrido
E bailo com passo mandado
Arade na serra nascido
Meu peito por ele é banhado
Na ria que chamam Formosa
Os homens cultivam seu pão
Amêndoa de flor tão airosa
Medronhos que caem ao chão
Quadra de Aleixo cantada
Escola de bem marear
Histórias de moura encantada
Na Ponta virada p´ro mar
Terra de gente com brio
Que meu coração faz bater
Fez pesca ao candeio no rio
De fome não sabe morrer
Sou algarvia do mundo
Eu canto com alma e com garra
Pois digo o que vai no fundo
De um povo que à vida se amarra
Música: Miguel Rebelo
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