Agosto acalma a cidade
Agosto acalma a cidade
Calmante do céu e do rio
Nos muros do jardim da estrela
Passeiam os frutos do cio.
Acalmam-se as manhãs do paço
E o ouro da rua é mais belo
Vagueiam turistas aos pares
Sentados num velho amarelo.
Bandidos voam os pombos
Rossio em rossio num estribilho
E sem sobressaltos de monta
Debicam calçadas de milho.
Passeios são livros abertos
Searas de feno e de trigo
De dia, relatos da vida
De noite, um leito mendigo.
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