sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Atlanticamente - Cor-de-quando



Cor-de-quando

Quando escrevo azul
Cor-de-lua-cheia
Quando vejo o mar
Cor-mulher-sereia

Quando sinto o rio
Vida presa por um fio
Água em tom menor
Quase sem sabor
A saber de cor
Que se vai salgar
No mar

Quando rumo ao sul
Cor-de-morna-dança
Quando afago o pão
Quente-cor-bonança

Quando sinto o chão
Terra vida por função
Seara em tom maior
Ceifa de suor
A saber de cor
Que se vai soltar
No ar

Quando troco o passo
Cinza-cor-queimada
Quando passo em frente
Cor-de-tudo-ou-nada

Quando sinto o sol
Pedra dura em água mole
Já vai sabendo de cor
Que nunca se vai moldar


Música – João Balão

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