sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Atlanticamente - A pausa do guerreiro



A pausa do guerreiro

A agonia e o cansaço
Namoraram no meu corpo
Tal amor não me largava
Como a cal não larga o morto

Um amor alucinado
Como Pedro por Inês
Fez maldades do diabo
Como o próprio nunca fez

E como um peão de brega
Levou água ao seu moinho
Feito bicho da madeira
Foi roendo de mansinho

Só que a luz entrou em mim
E o cansaço se cansou
E o amor pela agonia
Como muitos se finou

Num divórcio sem partilhas
Numa herança sem herdeiros
O meu corpo descansou
Como a pausa do guerreiro


Música: Rui Rocha

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